Bromélia inspira tecnologia que permite reflorestamento rápido e com baixo custo
A Fractal Núcleos de Inovação desenvolveu o Nucleário, um sistema que permite o reflorestamento de maneira mais rápida, com pouca manutenção e com maior eficiência, principalmente para grandes áreas degradadas.
A empresa aplica sua tecnologia em parte dos 17 milhões de hectares de áreas degradadas da Mata Atlântica, envolvendo os Estados da Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Bruno Rutman Pagnoncelli, que criou a empresa junto com seu irmão Pedro, conta que, fora esse bioma, eles também trabalham na preservação do Cerrado, em Mato Grosso do Sul. “Basicamente, nossos experimentos são na Mata Atlântica”, diz o empreendedor, cuja formação é desenho industrial. A empresa é uma das que atuam na contenção à devastação ambiental na região atingida pelo rompimento da barragem do Fundão, no distrito de Bento Rodrigues (Mariana).
O Nucleário é inspirado pela natureza. Seu formato se assemelha com uma bromélia e sua estrutura, feita de plástico biodegradável, foi desenvolvida para manter a camada vegetal igual a da floresta nativa. Além disso, as mudas de árvores para o replantio ficam protegidas de formigas e plantas daninhas ou capim, mas capazes de produzir e atrair minhocas, insetos e fungos, além de coletar água da chuva e do sereno no período de estiagem. “Nós fazemos o reflorestamento em alta escala, visando à preservação ambiental, bem como corrigindo a erosão do solo”, explica Pagnoncelli.
O sistema tem sido utilizado principalmente em áreas distantes, terrenos rochosos ou de difícil acesso, por isso, é leve e de fácil transporte. Além disso, ao proteger o solo, a metodologia permite o acúmulo de nutrientes para garantir o crescimento da planta.
O projeto Nucleário foi vencedor e finalista de diversos prêmios internacionais, além do Desafio Ambiental WWF, promovido pelo World Wide Fund for Nature (WWF), com o apoio do Sebrae. Além dos dois irmãos, a empresa também conta com Bruno Ferrari um especialista em viveiros.
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